"No dia 2 de Novembro celebrou-se o dia dos chamados “fiéis defuntos”, isto é, a visita aos cemitérios para prestar homenagem aos familiares ou amigos falecidos. Esta vivência, com uma dimensão social e cultural generalizada, assenta num ritual tipicamente religioso. O culto dos mortos é provavelmente uma das provas mais remotas da consciência do ser humano. E também da sua capacidade de se projetar para lá dos seus limites no tempo e no espaço, da sua breve e frágil existência. Este sentido do mais além, do mais alto, do mais profundo realiza-se na dimensão religiosa mas não se limita a ela. A expressão religiosa assenta numa dimensão espiritual que, essa sim pode ser comum a todos os seres humanos de todos os tempos e lugares. Não sei se haverá alguém que não tenha sentimento religioso, próximo ou distante das religiões instituídas, mas todos os seres humanos têm dimensão espiritual. Seja através das artes, da contemplação da natureza, da vivência do amor, da esperança para lá de todos os horizontes, o ser humano é o único ser capaz de se transcender. O único capaz de infinito."
( A. Matias. op)
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